Livro: Excelência Clínica em Implantodontia
Autores: Bezerra F., Romanos G.
Capítulo 13: Tratamento de Casos Complexos em Implantodontia
Autores: Duarte F., Nucci M.
Referência: Quintessence Editora Ltda. 2013; 13:253-263
ISSN: 978-85-7889-033-9
Resumo: A reabilitação da função orofacial de pacientes parcial e totalmente edêntulos, antes do advento do conceito da osseointegração, era efetuada com próteses removíveis. Em 1965, foram usados pela primeira vez implantes osseointegráveis para tratar pacientes edêntulos.
As técnicas de osseointegração para reabilitação maxilar são mais complexas que as de reabilitação mandibular, devido à proximidade das cavidades nasais e seios maxilares, ao grau de reabsorção óssea maxilar (em particular na região posterior por exodontias precoces, pneumatização dos seios maxilares) e à qualidade do osso maxilar, mais vascularizado e menos denso que o osso mandibular.1 Os pacientes com disponibilidade óssea maxilar adequada são excepções, a maioria apresenta graus de atrofia diferentes que obrigam ao recurso de técnicas alternativas de uso do osso existente (p. ex., implante pterigoide), recurso de enxertos ósseos autógenos ou aloplásticos (p. ex., enxertos ósseos onlay na maxila, enxertos ósseos do seio maxilar) ou técnicas osseogênicas de distracção (p. ex., fratura maxilar Le Fort I).2 Esses procedimentos apesar
de poderem oferecer taxas de sucesso mais altas para a osseointegração apresentam desvantagens, nomeadamente a necessidade de múltiplas intervenções cirúrgicas, restrição do uso de prótese transicional por um longo período (mínimo 4 meses), maior morbilidade, custos cirúrgicos e de hospitalização mais altos.