Categoria: Cirurgia Maxilofacial
Autores: Duarte F., Hyde N., Hopper C., Harris M.
Referência: STOMA 2003; 66(1):25-32
ISSN: 0870-4287
Resumo: Foi efectuado um estudo piloto que avaliou uma população de 24 pacientes com fracturas do ângulo da mandíbula, tendo sido incluídos no estudo conforme se apresentaram ou foram referenciados para a Unidade de Cirurgia Maxilofacial dos Hospitais da Universidade de Londres. Trataram-se 4 pacientes do sexo feminino e 20 do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 16 e 39 anos.
Os pacientes foram aleatoriamente para cada um dos grupos de tratamento, ambos recorrendo ao uso de fixação intra-oral mas com abordagens cirúrgicas diferentes, ou seja, usando a técnica trans-oral ou a técnica trans-bucal; sendo duas formas de tratamento aceitáveis. O sistema de osteossíntese utilizado foi o Leibinger com recurso a miniplacas de titânio com 2 mm de espessura.
Da amostra, 14 pacientes foram tratados utilizando a técnica trans-bucal e 10 foram tratados com a técnica trans-oral.
Os pacientes foram reavaliados em cada 14 dias durante o primeiro mês, 3 meses após a cirurgia e a partir daí sempre que se justificasse.
Os exames radiológicos pós-operatórios, constituídos por ortopantomografia e raio-x lateral da face, eram efectuados imediatamente após a cirurgia e aos 3 meses de follow-up.
Foi também utilizado, um teste não-paramétrico para avaliação dos grupos e dos resultados de cada uma das suas variáveis.
Este estudo piloto levou-nos a concluir que, embora estatisticamente não seja significativo, parece verificar-se uma tendência ao aparecimento de uma menor taxa de complicações aquando da utilização da técnica trans-bucal.
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Excelência Clínica em Implantodontia – Capítulo 13
A reabilitação da função orofacial de pacientes parcial e totalmente edêntulos, antes do advento do conceito da osseointegração, era efetuada com próteses removíveis. Em 1965, foram usados pela primeira vez implantes osseointegráveis para tratar pacientes edêntulos.
As técnicas de osseointegração para reabilitação maxilar são mais complexas que as de reabilitação mandibular, devido à proximidade das cavidades nasais e seios maxilares, ao grau de reabsorção óssea maxilar (em particular na região posterior por exodontias precoces, pneumatização dos seios maxilares) e à qualidade do osso maxilar, mais vascularizado e menos denso que o osso mandibular.1 Os pacientes com disponibilidade óssea maxilar adequada são excepções, a maioria apresenta graus de atrofia diferentes que obrigam ao recurso de técnicas alternativas de uso do osso existente (p. ex., implante pterigoide), recurso de enxertos ósseos autógenos ou aloplásticos (p. ex., enxertos ósseos onlay na maxila, enxertos ósseos do seio maxilar) ou técnicas osseogênicas de distracção (p. ex., fratura maxilar Le Fort I).